quinta-feira, 9 de junho de 2011

Fim do Pontiac




O fim dos Pontiacs

Ouvi dizer, certa vez, que dar nome de índio a homem branco não traz sorte. Talvez seja essa uma das explicações para a morte anunciada da marca Pontiac, que será descontinuada (um detestável eufemismo dos tecnocratas contemporâneos para a extinção de coisas, cargos, entidades e até pessoas) em breve. O anúncio foi feito por executivos da combalida General Motors, dona da marca do índio e – não custa lembrar – maior empresa da indústria automobilística mundial.

Pontiac, o índio, foi um líder do povo Ottawa e viveu no século XVIII. Pontiac, a marca, é uma das mais tradicionais dos EUA e, ao longo de sua longa história (nasceu ainda na década de 1920), colocou no asfalto uma bela coleção de carros – muitos deles com tempero esportivo dos melhores.

Como pequena homenagem, posto aqui alguns desses modelos, entre os quais o meu preferido: o GTO de meados para o final dos anos 1960 (tenho uma miniatura dele aqui em cima da minha escrivaninha). Acho que, mais do que um sinal desses tempos de crise econômica, o fim dos parrudos Pontiacs (os modelos compactos, utilitários urbanos e outras esquisitices que saíram com o "V" no capô, definitivamente, não contam) ilustra uma mudança no perfil de toda a indústria automobilística, movida pelo aquecimento global e pela obrigatoriedade de grandes investimentos em tecnologia. Mas isso já é papo para outro post.




Pontiac Firebird 1969